sábado, 27 de março de 2010

Mãe de Isabella dá entrevista ao G1



Ana Carolina Oliveira falou com exclusividade ao repórter Kleber Tomaz.
'A pessoa que tinha que zelar pela vida dela não foi a que zelou.'
Do G1, em São Paulo
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No dia seguinte ao julgamento que condenou Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pelo assassinato de sua filha, Isabella, a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, conversou no início da noite deste sábado (27) com o G1 no hall do apartamento onde mora atualmente com os pais, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo. Em 18 minutos de entrevista, Ana Carolina falou sobre o que sentiu ao olhar para Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá quando prestou depoimento no plenário do Fórum de Santana, na segunda (22).

A reportagem ainda estava sendo editada por volta das 21h deste sábado. Por enquanto, no vídeo acima, é possível ver um trecho dela.

A entrevista completa será publicada na neste domingo (28

Casal Nardoni vai trabalhar em presídios no interior de SP

Alexandre e Anna Carolina chegaram por volta das 3h a Tremembé.
Os dois devem ser reintegrados à rotina carcerária neste sábado.
Do G1, com informações do Jornal Hoje
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Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte da menina Isabella, devem ser reintegrados neste sábado (27) à rotina dos presídios onde estão detidos, em Tremembé, a 147 km de São Paulo. O casal foi julgado durante a semana e condenado nesta madrugada pelo assassinato da criança, ocorrido em março de 2009.
Veja fotos dos cinco dias de julgamento do caso Isabella


Os dois foram levados do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, até Tremembé, durante a madrugada. O caminhão que levou Alexandre chegou ao presídio por volta das 3h escoltado por carros da Polícia Militar. Ele entrou rapidamente no local.

Dez minutos depois foi a vez de Anna Carolina Jatobá chegar à Penitenciária Feminina da cidade. Durante o cumprimento da pena (a de Alexandre, 31 anos, e a de Anna, de 26 anos), eles serão obrigados a trabalhar, como qualquer condenado que cumpre pena nas duas penitenciárias. A expectativa é que eles recebam a visita de parentes neste fim de semana.

Após condenação, perita do caso Isabella fala da ‘sensação de dever cumprido’

'A justiça foi feita', afirmou Rosângela Monteiro em entrevista ao G1.
Chamada de 'arrogante' pela defesa, ela disse que atitude foi 'desespero'.
Débora MirandaDo G1, em São Paulo
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Ampliar FotoFoto: Raul Zito/G1 - 06.mar.09

A perita Rosângela Monteiro, do Instituto de Criminalística (Foto: Raul Zito/G1 - 06.mar.09)

Depois de enfrentar uma sabatina que durou mais de cinco horas durante seu depoimento no Fórum de Santana (Zona Norte), a perita Rosângela Monteiro afirmou neste sábado (27) que a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá lhe deu a “sensação de dever cumprido”.

“Minha sensação é de dever cumprido, de satisfação, de justiça sendo feita”, afirmou a perita, que acompanhou a divulgação da sentença no próprio fórum. “Eu estava muito confiante. A condenação veio coroar um trabalho de dois anos.”

Rosângela foi a representante do Instituto de Criminalística responsável pela perícia no caso Isabella e foi ela quem explicou no julgamento como todo o trabalho foi realizado e as provas, levantadas. Como não havia testemunhas do crime, a denúncia era toda baseada em provas periciais. E, portanto, Rosângela foi também o principal alvo da defesa do casal. Seu testemunho foi mais longo de todos.

O advogado Roberto Podval, durante sua explanação no tribunal, colocou o trabalho da perícia em dúvida, apontou eventuais falhas e ainda ironizou Rosângela, chamando-a de “gênia” e de “a pessoa mais esperada, ilustre, a mais culta”. Ele ainda se referiu à perita como arrogante.

“Não tem a menor importância”, disse a perita. “Isso demonstra desespero. Quando não têm argumentos, atacam pessoalmente. Não sou 'gênia', sou competente e consciente do trabalho que desenvolvo há 30 anos na área forense – primeiro no IML e agora no IC.”

No período de uma hora no tribunal, Rosângela chegou a responder a mais de 50 questões feitas pela defesa. Mas ela disse que já era esperado. “O laudo é uma tese que eu tenho de defender. E eu defendo mesmo, como uma leoa defende seus filhotes. Tinha convicção absoluta do bom trabalho realizado, e o questionamento da defesa era esperado. Minha grande preocupação era ser didática”, afirmou.

“Posso ficar [falando sobre a perícia] 12 horas, 24 horas, tenho disposição para discutir. Meu depoimento foi longo, pois o caso era todinho baseado em provas periciais. Mas foi tranquilo.”

Quanto à grande repercussão do caso e, consequentemente, do trabalho realizado pelo Instituto de Criminalística, Rosângela afirmou que foi “fantástico”. “Nosso trabalho sempre foi de bastidor, muita gente nem sabia que existia no Brasil.” Ela deve passar o restante do sábado e o domingo dando entrevistas já agendadas, mas afirmou que “na segunda-feira volta tudo ao normal”.


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