terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Terceira Idade


A longevidade sempre foi um anseio de todos os povos, de todos os indivíduos. Encontrar a fonte da eterna juventu­de. com o elixir da longa vida, era o sonho de Ponce de Leon e de tantos outros alquimistas, que viam nessa busca a concretização. há tanto acalentada, de permanecerem eterna­mente jovens... A imagem da velhice sempre foi estigmatizada, con­siderada como algo ruim, de prognósticos sombrios e pes­simistas, pois seu destino só poderia ser a morte, o fim. A velhice assusta porque ela representa a negação de valores até então cultuados, como a beleza, a rigidez, produ­tividade. força, poder, valores esses considerados próprios da juventude. No entanto, se fizermos uma revisão histórica, va­mos encontrar figuras proeminentes já em idade avançada que se constituíram em faróis de iluminação e sabedoria para as gerações vindouras. Dentre as personalidades bíblicas encontramos em Moisés, um dos profetas encar­regados de preparar seu povo para a vinda do Messias. bem como Sócrates na Grécia Antiga, cuja idéias revolu­cionaram o pensamento da época, constituindo-se em arcabouço para o advento do Cristianismo. No âmbito das ciências. encontramos Einstein que, com sua teoria da relatividade, modificou conceitos e foi o precursor de todo um avanço científico e tecnológico da atu­alidade. Pasteur, também foi um grande expoente nos estudos que culminaram com a descoberta da penicili­na. dentre outros. p class="MsoNormal">Grandes estudiosos, nas diversas áreas do conheci­mento, notabilizaram-se já com idades mais avançadas. Na área da fraternidade e do exemplo cristão, tive­mos Madre Tereza de Calcutá e, mais próximos a nós, Irmã Dulce. embora alquebradas fisicamente pelo tempo, eram portadoras de lucidez, dinamismo, sabedoria e sobretudo amor, que se transformaram em exemplos vivos de traba­lho e dedicação às populações mais carentes. A quê esses exemplos nos remetem? Paremos um pou­co para pensar. Este texto representa algumas reflexões, bem recentes sobre o tema, muito mais calcadas em vivências, em­bora influenciadas diretamente pelos conhecimentos teóri­cos adquiridos ao longo de toda uma vida profissional e pela bibliografia específica consultada. Estas reflexões re­presentam um encontro pessoal de meus valores éticos e afetivos com essa nova realidade do envelhecimento. Es­tando muito próxima da terceira idade, procuro preparar­-me para vivenciá-la o mais sabiamente possível. Segundo Goldman (2000:13), o termo terceira idade foi criado pelo gerontologista francês Huet, cujo princípio cronológico coincide com a aposentadoria, na faixa dos 60 aos 65 anos, embora as mudanças características já tenham começado a tornar-se evidentes mais cedo. O termo “terceira idade” surge para expressar novos padrões de comportamento de uma geração que se apo­senta e envelhece ativamente. Conversando recentemente com um amigo, fiz referên­cias à ansiedade que me possuía, diante da constatação de que o tempo estava curto para tanta coisa que estava por fazer, a insatisfação de quem ainda não conseguiu cumprir seu dever como pessoa, a necessidade de doar-se para con­tribuir com a construção) de um mundo melhor, mais hu­mano, mais solidário e sem exclusão social. Após me ou­vir, ele, com a ponderação que o caracteriza e dando mos­tras de também estar preocupado com essas questões, fa­lou-me: “estamos na fase da reflexão...” Essas poucas palavras foram como um bálsamo, acal­mando a minha inquietação e a luta entre o querer e o po­der. Então, pude perceber que o processo do envelheci­mento biológico, configurado no contexto social e em com­ponentes culturais e emocionais nos remete forçosamente à reflexão acerca de nossas condições materiais e espiritu­ais de vida. E, relacionando-as com a situação de nossos idosos, refletimos em como poderemos usar de nossos co­nhecimentos e vivências, para melhor compreendê-los e propormos ações concretas para que não só eles, como todos nós, possamos construir a cidadania plena. Refletimos também, que a qualidade desse envelheci­mento) está diretamente relacionada ao nível de sabedoria com o qual ele é vivenciado pelos idosos e como essa sa­bedoria pode ser utilizada para transformar os homens e a sociedade. Há que se considerar que estamos vivendo numa so­ciedade capitalista de contornos neoliberais, a qual se ca­racteriza pela decrescente responsabilização do Estado em relação à melhoria da qualidade de vida da população; pela privatização de empresas estatais; a não intervenção do Estado nos aspectos econômicos que devem se desenvol­ver no livre jogo do mercado; alterações na esfera produti­va e a redução de gasto público centrado na diminuição de recursos destinados principalmente à área social. Esta realidade se configura como uma resposta ao fenômeno mundial da globalização, cujos reflexos mais significativos se verificam nos países do terceiro mundo, como é O nosso caso. Esse mundo globalizado privilegia a tecnologia, o ter em detrimento do ser, não acreditando que o saber se acumula com o passar dos anos. com prioridade aos mais novos no lugar dos mais experientes e vividos em anos, destinando àqueles a qualificação e capacitação em no­vas tecnologias. Como este é um mundo altamente com­petitivo, ágil, as decisões têm que ser tomadas com base na astúcia: ganha aquele que for mais capaz e sobretu­do mais empeno. Som dívida, vivemos em uma realidade altamente perversa, onde o saber se degrada à medida que a tecnologia avança, criando novas possibilidades de co­nhecimento às quais os idosos não tem mais acesso e nem condições para acompanhar. Conclui-se, sem mui­to esforço que a nossa sociedade é excludente e autori­tária, em que a modernidade fez do homem e, principal­mente, do idoso, uma peça descartável no próprio sis­tema produtivo, impossibilitando-o de desfrutar daqui­lo que produziu. Essa marginalização do idoso decorrente de ideo­logias. de preconceitos internalizados e expressos em nossa sociedade e do conjunto de fatores sociais e eco­nômicos produzem sentimentos de revolta e impotência, relegando os idosos a um plano secundário na fa­mília e na sociedade.. O avanço tecnológico da ciência, as grandes desco­bertas no sentido de debelar e prevenir doenças e os estu­dos pioneiros da geriatria e gerontologia estão contribuin­do para a maior expectativa de vida, através da intervenção no processo do envelhecimento, O aumento dessa expec­tativa de vida, por um lado possibilita ao idoso viver mais anos e com melhor qualidade. No entanto, estio sujeitos às dificuldades de adaptação às condições de vida atuais, acrescidas das dificuldades físicas, psíquicas, culturais e sociais decorrentes do envelhecimento. As dificuldades físicas são caracterizadas por algumas perdas nos aspectos sensoriais, de visão e audição que hoje já podem ser corrigidas e compensadas, bem como por algumas doenças, não propriamente decorrentes da idade, mas em conseqüência de abusos ou ausência de prevenção e hábitos mais saudáveis durante toda a vida. Do ponto de vista psicológico agudizam-se as consequencias dos traumas. mágoas, ausência de afetividade vivenciados desde a infância. As reações, as associações e o reconhecimento dessas situações são mais lentas no idoso, assim como a aprendizagem. No entanto, não significam incompetência. Os idosos necessitam de um tempo um pouco maior para que possam passar do raciocínio ao sentimento. A medida que se avança em ida­de, a capacidade intelectual vai se tornando mais seletiva, daí se enfatizar que o idoso tem que se manter ativo para continuar produzindo. Os valores culturais que idolatram o novo, o moder­no, o jovem e ridicularizam o antigo e o velho, são respon­sáveis pelos sentimentos de rejeição do idoso à sua própria imagem, diminuindo e mesmo aniquilando a sua auto-esti­ma. Como os idosos, por si só, não têm condições de supe­rar as dificuldades naturais do envelhecimento porque não foram instrumentalizados para isso, eles se entregam e as­somem esses valores eivados de preconceitos como se fos­sem verdadeiros, colocando-se, eles próprios, à margem da sociedade que, por sua vez, também os marginaliza. Do ponto de vista social, o número de idosos no Bra­sil vem aumentando de forma acelerada, pois segundo da­dos do IBGE, (Goldman. 2000), em 1980, os idosos correspondiam a 6.06% da população em geral; em 1990 já eram 7.06%, sendo que a estimativa para 2000 é de 8% e, para 2025. é de 15%. Diante dessa realidade, pode-se considerar que a ve­lhice é um fenômeno social, não estando o país preparado para enfrentá-lo concretamente. As mudanças sociais verificadas nestes últimos anos na estrutura familiar tendem também a marginalizar o ido­so, independente da situação econômica e por motivos dife­rentes, fazendo com que eles assumam sozinhos a sua velhice, afastando-os do convívio familiar, com repercussões muito sérias no aspecto afetivo. Os idosos mais pobres podem ser empecilho para a família por serem considerados improdutivos, como podem ser a única fonte de renda familiar, através da aposentado­ria ou pensão que mal dar para o seu próprio sustento, sen­do explorado. financeiramente, ou então usados para to­marem conta dos netos. De uma certa forma estão produ­zindo. mas eles não podem exercer outras atividades que poderiam ser importantes para a conquista dos direitos ine­rentes ao ser humano e elevação da auto-estima. Mesmo assim, eles não são valorizados. O movimento social reivindicatório de idosos e apo­sentados, que foi mais efetivo em 1988, no processo de redemocratização do pais, com a promulgação da Consti­tuição, atinge seu ponto alto de conquista com a Lei n.º 8842 de 4 de janeiro de 1994. que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. Os direitos sociais dos idosos são ga­rantidos por lei. regulamentada em 1996. No entanto, en­tre o que propõe a Lei e a realidade vivenciada pelos idosos ainda existe uma enorme distância. As políticas são enun­ciadas como estratégias governamentais em resposta à pres­são dos movimentos, das organizações de defesa de direi­tos e pela população, no sentido da manutenção da sua hegemonia. Acreditamos que a organização social e política da população, em movimentos que reivindicam inclusão soci­al, são oportunos e imprescindíveis, pois constituem-se no único meio para se resgatar os direitos e a dignidade de todos os segmentos excluídos da sociedade. Portanto, to­das as ações destinadas aos idosos devem ter o mesmo direcionamento. A cidadania não se instala, ela é construída cm cada grupo, cada movimento e em cada ação e atitudes indivi­duais, e ela só é possível, quando todos tiverem direitos e deveres iguais e em iguais condições. No entanto, se, por um lado, a contemporaneidade proporcionou inovações e transformações significativas, ela produziu um mundo massificado. globalizado e, por isso, despersonalizador. Observa-se que nunca houve tanta solidão, não só entre os idosos, tantas doenças pro­duzidas pela falta de afeto, de contato humano fraterno e de solidariedade. A reivindicação de direitos sociais conquanto válida, não preenche “aquele” vazio, não resgata a identi­dade pessoal e cultural que é necessária para que se construa o ser. Ser feliz, amar, ser amado, apaixonar-se por alguma causa, compreender, ser compreendido são direitos inalienáveis do ser humano. Na maioria das vezes, os grupos de convivência e de organização social de idosos são procurados para suprir a solidão em que vivem. Conseguem o intento momentanea­mente. Quando retomam para suas casas, tudo volta a ser como antes. Os grupos devem ser capazes de estimular os idosos ao auto-conhecimento, trabalhando com a sabedoria e a sensibi­lidade de cada um. a fim de que possam se questionar sobre si mesmos, para auto construírem-se conscientemente. Paralelamente. é necessário fazer com que os ido­sos percebam. aceitem e aprendam a conviver com seus limites. reciclem seus hábitos para criarem novos pro­jetos para suas vidas. Conquista-se direitos através de inúmeras manei­ras, mas 6 a sabedoria que confere credibilidade e seri­edade. fazendo com que os idosos mostrem, através de suas atitudes cotidianas, na sua convivência familiar e social, a sua compreensão da vida — eles precisam re­fletir sobre suas vidas e extrair de suas experiências o combustível capaz de direcionar as ações, os novos pro­jetos de vida, no sentido de satisfazer as suas necessi­dades e com os quais possam melhorar sua qualidade de vida. É importante resignificar o que cada tropeço, cada dificuldade, cada ruga, cada cabelo branco e cada sen­timento recorrente trouxeram de experiência, de conhe­cimento e que pode ser exercitado em cada uma de suas relações. Quanto mais o idoso depender de outros para solucionar problemas existenciais, mais tem que arcar com as circunstâncias e conseqüências dessa depen­dência. Também o autonomia é conquistada com sabe­doria. A velhice não pode ser vista como término, mas como um recomeçar com características e valores próprios. E uma nova forma de olhar o mundo. A prática política e social reivindicatória se torna­ra mais rica quando o idoso, consciente de seu potencial, dessa sabedoria, se respeitar e se fizer respeitar. não pelo poder, pelo autoritarismo, ou sujeito só de direi­tos, mas pelo reconhecimento do seu valor intrínseco, como ser humano pleno. Como já nos referimos, só o exemplo dos idosos e o) nosso, serão capazes de mostrar às novas gerações que os verdadeiros valores são os decorrentes da afetividade bem direcionada e da sabedoria, resgatando a solidariedade e o respeito àqueles que construíram o mundo. Finalizando, concluímos que todas aquelas perso­nalidades a que nos referimos no inicio deste texto fo­ram capazes, pelo) amor de que se fizeram portadoras, de construir grandes benefícios para a humanidade, a despeito do quanto sofreram para alcançar a realização de seus projetos, que deram sentido às suas vidas, como um sinal de sabedoria no vivenciar bem sua velhice. Silvia Teresa Zacharias Assistente Social aposentada pela UFG e Assessora da Pró-Reitoria de Assuntos da Comunidade Universitária – UFG. Especialista em Política Social pela UCG e em Metodologia do Serviço Social pela UFG

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DEFENDENDO OS VALORES DA VIDA


Ja algum tempo tenho minha pagina na net no face book,www .facebook.com/jvieira100, nela compartilho com alguns amigos a felicidade de ter uma familia, todos nós sabemos a importancia que isso traz para o ser humano, posso dizer que sem minha familia seria muito dificil caminhar, as pessoas que convido e que mim aceitam sabem dessa importancia no qual tentamos sempre compartilhar nossas alegrias e tristezas, somos pessoas do bem , queremos sempre buscar a felicidade e dias melhores, nao somos as pessoas exemplares que como ser humano tambem carregamos erros, mas sabemos que em nossas vidas o mais importante é caminhar bem, viver bem, respeitar o momento do outro, uma palavra de conforto e tudo que sempre esperamos nos momentos dificeis.Mas pelo o outro lado sabemos que existem pessoas que se acham estar acima do bem e do mal, que nao querem a felicidade de ninguem, so querem ver vc por baixo e que torcem de forma exautiva para que vc caia e nunca mais se levante,vc meu amigo e minha amiga vai reparar que as vezes vc vai perceber alguem tentando mim derrubar, de uma forma ou de outra falando de mim pra que vc nao continue sendo meu amigo, essas pessoas eu julgo do mal, que nao estão no lugar certo, eu repito estamos aqui numa luta constante pela felicidade, quero compartilhar com meus amigos a felicidade nao podemos aceitar quem pensa ao contrario, o mal a gente bota pra fora, se ele quer nos pizar a gente pisa primeiro nele. Eu aprendi com o passar do tempo que pra ser feliz temos que que acreditar em algo bom alguma coisa que nos faça feliz , deus é topo de tudo e seguindo ele vamos vencer aquele que nos quer mal, conto sempre com todas as pessoas que mim conhecem e repito nao deixem pessoas os influenciarem ao meu respeito nao deem ouvidos as pessoas que trazem a derrota em si, repito a unica coisa que temos é nossas familias graças a deus e ninguem vai tirar esse direito de alcançarmos a felicidade.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

BALEIA OU SEREIA


Uma academia colocou um outdoor em São Paulo que dizia o seguinte: Neste verão, qual vc vai ser? Sereia ou Baleia ? Uma mulher enviou a eles a sua resposta e distribuiu o seguinte email. " Ontem vi um outdoor com a foto de uma moça escultural de biquini e a frase : Neste verão, qual vc vai ser? Sereia ou Baleia? Respondo: Baleias estão sempre cercadas de amigos. Baleias tem vida sexual ativa, engravidam e tem filhotinhos lindos. Baleias amamentam. Baleias andam por ai cortando os mares e conhecendo lugares legais como a Antártida e os recifes de coral da Polinésia. Baleias tem amigos golfinhos. Baleias comem camarão à beça. Baleias esguicham água e brincam mto. Baleias cantam mto bem. baleias são enormes e quase não tem predadores naturais. Baleias são bem resolvidas, lindas e amadas. Sereias não existem... Se existissem viveriam em crise existencial: Sou um peixe ou um ser humano? Não tem filhos, pois matam os homens q se encantam com sua beleza. São lindas, mas tristes, e sempre solitárias... Querida academia, prefiro ser baleia!" (A referida academia retirou o outdoor na mesma semana!) Muitas vezes o ser humano se importa tanto com o exterior de uma pessoa (criticando a gordura), a posse de bens materiais, e esqueçe que o mais importante é o interior, os sentimentos daquela pessoa... Vamos valorizar mais o que somos, e não o que os outros visualizam, cada um sabe como quer estar ou fazer de si... E só assim seremos felizes.

domingo, 17 de janeiro de 2016

ICTERÍCIA DO RECÉM NASCIDO (AMARELÃO)


O que é? Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos. Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos que é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. A criança fica ictérica quando a formação de bilirrubina é maior do que a capacidade do seu fígado de metabolizá-la. Quais são os sintomas da icterícia? A icterícia normalmente aparece ao redor do segundo ou terceiro dia de vida. Começa pela cabeça e progride para baixo. A pele de um bebê ictérico ficará amarela primeiro na face, depois no tórax, no abdômen e, finalmente, nas pernas. O branco dos olhos de uma criança também poderá ficar amarelo. Como se reconhece que uma criança está com icterícia? Um teste simples para icterícia é apertar suavemente com a ponta do dedo a ponta do nariz ou a testa da criança. Se a pele permanece branca (este teste funciona para todas as raças) não há icterícia; se a cor for amarelada, você deve levar sua criança ao pediatra para ver se a icterícia é significativa e requer algum tipo de tratamento. Na presença de pele muito amarelada, há necessidade de exames de sangue para avaliar a intensidade, fazer um diagnóstico mais preciso do tipo de icterícia e indicar o tratamento mais adequado. Porque existe preocupação com uma criança com icterícia? O acúmulo deste pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis. Tipos de icterícia Há vários tipos de icterícia no recém-nascido. Os mais comuns são os seguintes: Icterícia fisiológica (normal): Ocorre em mais de 50% dos recém-nascidos. Esta icterícia é devida à característica própria do bebê que leva a um metabolismo lento da bilirrubina. Geralmente surge entre o 2o e o 4o dias de vida e desaparece entre a 1a e a 2a semana de idade. Icterícia da prematuridade: Ocorre com muita freqüência em bebês prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficazmente. Icterícia do leite materno: Em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito, pode ocorrer icterícia causada por substâncias que reduzem a excreção intestinal da bilirrubina. Começa geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode durar de 3 a 10 semanas. Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes começa já durante o primeiro dia de vida. Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de icterícia, sendo prevenida com uma injeção de imunoglobulina anti-Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72 horas após o parto. Isto impede a formação de anticorpos que poderiam colocar em risco os próximos bebês. Prevenção de complicações da icterícia O pediatra da sua criança deverá ser procurado imediatamente se: A icterícia for identificável durante as primeiras 24 horas de vida. A icterícia alcançar os braços ou pernas. Seu bebê apresentar febre. Sua criança começa a parecer doente. Por incompatibilidade do grupo Procure seu médico se: A cor ficar mais forte depois do 7o dia. A icterícia não tiver desaparecido após o 15o dia. Seu bebê não estiver ganhando peso suficiente. Você estiver preocupada pela intensidade da icterícia. Você tiver qualquer dúvida - de qualquer tipo - quanto à saúde do seu bebê. Como se trata? Se a icterícia for de níveis leves a moderados, por volta de 5 a 7 dias de vida o bebê terá resolvido a icterícia sozinho. Se a icterícia atingir níveis mais altos, fototerapia (banhos de luz) pode ser necessária. Também podem ser recomendadas alimentações mais freqüentes para ajudar a criança a eliminar a bilirrubina pelas fezes. Em alguns casos, seu médico pode lhe pedir para interromper a amamentação ao seio temporariamente. Durante esse tempo, você pode esgotar os seios com uma bomba, assim você pode manter a produção de leite do peito e você poderá começar a amamentar novamente assim que a icterícia tenha diminuído. Em alguns casos, uma troca de sangue pode ser necessária para eliminar o excesso de bilirrubina do sangue do bebê. Raros casos não têm tratamento satisfatório sendo que alguns necessitam intervenção cirúrgica. Prognóstico Quando atendida em tempo, a situação pode ser totalmente controlada sem deixar seqüelas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

o futuro esta aqui entre nós


Após o falecimento do pai.. O filho colocou a sua mãe num asilo, e a visitava de vez em quando.. Um dia, recebeu uma ligação do asilo, informando que ela estava morrendo.. Foi correndo para ver a sua mãe antes que ela falecesse.. Perguntou para ela: o que quer que eu faça por você mãe? Disse a mãe: quero que você coloque ventiladores no asilo porque eles não tem e quero que você compre geladeiras também, para que a comida não estrague, muitas vezes dormi sem comer nada!! O filho disse surpreso: mas agora está pedindo essas coisas, enquanto está morrendo?? Porque não reclamou antes? A mãe respondeu triste: eu me acostumei com a fome e o calor, mas o meu medo é você não se acostumar quando seus filhos colocarem você aqui, quando estiver velho.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Apóstolo emergente das igrejas neopentecostais promete apagar a memória dos fiéis


Numa incansável cruzada por arrecadação, o autointitulado apóstolo Agenor Duque, da Igreja Plenitude do Trono de Deus, pede à plateia que raspe a carteira e que doe até o décimo terceiro salário. Já anda de Porsche e voa de jatinho, é mole ou vc quer mais? Do alto do púlpito, diante de cerca de 7 mil fiéis com as quer mais?. cabeças cobertas por um pequeno pano avermelhado, um homem vestindo uma roupa que imita estopa aponta o dedo para um rapaz da plateia: “Você é homossexual?”, diz ao microfone. Ao ouvir uma resposta afirmativa, continua: “E você quer sair do homossexualismo?”. O interlocutor diz que sim, e é convidado a subir no altar. Enquanto uma canção entorpecente embala a cena, o líder espiritual cerra os dois punhos, ergue os braços e grita: “No milaaaagre de Manassés, Deus apaga da memória agora todo o passado de sofrimento. No milaaaagre de Manassés, Deus faz a pessoa esquecer que um dia foi homossexual”. Volta a se dirigir ao rapaz. – Seu nome? – Junior. – Você tinha alguma vida errada no passado? – Não. – Pensei que você era gay... Pensei que você morava com um homem... – Não, Deus me livre. Como que num passe de mágica, Junior diz que nunca gostou de homens. Na semana seguinte, volta ao mesmo altar para contar o desfecho de sua história. Diz que seu namorado, ao saber da conversão, caiu no choro. A mãe, surpresa com o esquecimento súbito, cogitou levar o filho a um hospital. Entre gritos entusiasmados de “aleluia” e “eu creio”, o público se levanta e aplaude a transformação. O homem das vestes de saco – um figurino para demonstrar humildade diante de Jesus Cristo – é o autoproclamado apóstolo Agenor Duque, um paulistano de 37 anos, filho de pais separados, crescido numa família pobre da Zona Leste de São Paulo, ex-viciado em drogas. No concorrido mercado das igrejas neopentecostais, Duque é o pastor emergente do momento. Com uma forte vocação teatral e adepto da prática de prometer o impossível, Duque abocanha cada vez mais fiéis e começa a incomodar as igrejas concorrentes. Além das usuais curas de doenças e vícios, Duque promete apagar o passado da mente dos fiéis. Não hesita em abusar de condutas preconceituosas, como propagar o “milagre” de fazer um homem esquecer a homossexualidade ou enfrentar num duelo um suposto adepto do candomblé. Prova de sua destreza para lotar igrejas e influenciar opiniões, o deputado e pastor Marco Feliciano não sai do altar da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus*. Na campanha eleitoral do ano passado, o tucano Geraldo Alckmin, reeleito governador de São Paulo, ajoelhou-se no púlpito de Duque. Num roteiro já conhecido entre os pastores das neopentecostais, Duque começou na Igreja Universal do Reino de Deus e migrou para a Mundial – até que teve uma “visão espiritual” e decidiu criar seu próprio templo. Em setembro de 2006, abria a porta da Igreja Plenitude do Trono de Deus. Com R$ 25 mil da venda de um Astra, Duque comprou algumas poucas horas nas madrugadas de rádios e alugou um galpão na Avenida Celso Garcia – que, pela facilidade de acesso e circulação intensa, concentra boa parte das igrejas neopentecostais. Há dois anos, Duque tinha cinco modestas igrejas em São Paulo. Hoje, são pelo menos 20, espalhadas por São Paulo, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal – sem contar as dezenas de núcleos, galpões abertos pelo interior que, ainda sem documentação, não são considerados templos. No ano passado, a Igreja Plenitude do Trono de Deus firmou uma espécie de joint venture evangélica com a igreja de André Salles, o líder evangélico responsável pela conversão da ex-senadora Marina Silva, para aportar em Brasília. Em dois anos, a Igreja Plenitude do Trono de Deus saltou de quatro para 18 horas no canal de televisão RBI. Só entre outubro e novembro, passou de quatro para mais de nove na Rede Brasil TV. >> “Deus me revelou que Marina será a próxima presidente”, afirma o pastor que converteu a candidata O traje de saco nos cultos é uma espécie de abadá para uma encenação de pobreza. Há tempos Duque deixou a dureza para trás. Como os adeptos do funk ostentação, fora do palco ele se enfeita com cordões, anéis e relógios dourados, bonés e tênis de marcas como Nike e Hugo Boss e adora exibir-se no Instagram. Dirige um Porsche e um BMW. Já se exibiu em um vídeo com uma Ferrari – após críticas de internautas, recuou e disse que o carro era de um “amigo”, o pastor Arthur Willian Van Helfteren, da Igreja Universal do Reino de Deus. Sempre que viaja, Duque evita apertar o corpanzil nas poltronas da aviação comercial; prefere o conforto de um bimotor Cessna Citation. De acordo com os registros da Agência Nacional de Aviação Civil, a aeronave pertence à Cimeeli Comércio e Indústria, uma empresa sem rastro. O telefone atribuído à Cimeeli é residencial e seus sócios não foram localizados. Em um universo em que não faltam exageros, os cultos de Duque são espetáculos ainda mais histriônicos. Ele atua em parceria com a mulher, a autointitulada bispa Ingrid Duque, e mais recentemente com o filho adotivo, o pastor Allan. Em suas performances, Agenor Duque intercala suas falas com expressões incompreensíveis que diz virem da língua do Espírito Santo – “Traz o óleo, quibalamacia balabaliã”, diz, em meio ao culto, enquanto checa mensagens no telefone. Suas orações quase sempre terminam com um “hallelujah”, num esforçado sotaque americano. >> A força dos evangélicos “A religiosidade brasileira sempre foi muito sincrética. O brasileiro valoriza tudo o que o ajuda a se relacionar diretamente com o sagrado”, afirma Rodrigo Franklin de Sousa, professor de pós-graduação em ciências da religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “O teatro cai como uma luva.” Os cultos da Plenitude do Trono de Deus reúnem dramas humanos de todos os tipos. Há mulheres traídas pelo marido, fiéis com pendências com a Justiça, mães desesperadas para tirar o filho da prisão, pais de família desempregados, viciados que tentam resgatar a dignidade. Converter os dramas em espetáculo e gerar lucro requer organização. Nos cultos de domingo, mais lotados, a igreja é dividida em quadras imaginárias, cada qual vigiada por um pelotão de obreiros. Numa cerimônia, um homem se exaltou e foi contido por seguranças. Curiosa, parte da plateia foi repreendida pelos obreiros: “Deus está no altar lá na frente. Parem de olhar para o lado”. http://epoca.globo.com/ Na foto veja ai o partor Agenor duque, o pastor André Salles e a bispa Ingrid Duque